quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O mapa do tesouro...




Como chegar lá???



Será que existe realmente um mapa com as coordenadas exatas para se “chegar lá”? Lá, a que me refiro é o tesouro... o clímax, orgasmo, gozo, ápice do prazer, ou simplificando, os dez segundos mágicos que, todo mortal gostaria, o tempo parasse. Mas existe uma fórmula pronta ou uma receita infalível para chegar ao tesouro? Será possível achar o tesouro? Ó dúvida cruel!


Este “lá“ a qual me refiro, o tesouro do qual digo, não tem nada a ver com o ponto G, nem com o cara que descobriu a existência dele. Se é que ele realmente descobriu na prática, digo na parceira dele. Porque até hoje nem eu sei se ele existe mesmo. E já amo o que sinto sem tem o ter encontrado, imagina se encontrá-lo?! rsrs
Mas, voltando ao tema central, creio que existe prática para chegar “lá”, sim. Porque teoria sem prática não existe, mas prática com teoria, hum, é quase o caminho inteiro percorrido.
Então vamos lá. Oba!
Para se chegar lá, sozinha ou acompanhada, precisa-se primeiramente conhecer-se muito bem. O que gosta e como gosta. Como assim? Assim mesmo. Vivendo e experimentando. Nesse quesito, me refiro a opção sexual. Porque a opção de cada um tem tudo a ver com tesão. E, tesão a meu ver, é questão de pele, cor, cheiro, aroma, é paradigma, é individual. Cada um tem o seu. Busquemos o que nos atraí. Respeitemos a nossa opção e a dos outros. Nem tudo o que eu gosto é universal e vice versa.
Depois, o melhor de tudo é experimentar, o que gostamos e como gostamos, em nós mesmos. Como assim? Assim mesmo, prazer de auto conhecimento, mais conhecido entre os homens como a famosa punheta, ou justiça com as próprias mãos, cinco contra um, descabelar o palhaço, tocar uma sarapitola, e para as mulheres, bater uma siririca, ou repartir a peruca na linguagem chula, é claro. Mas o importante aqui e agora não é a linguagem, mas sim, a ação. Como querer que alguém adivinhe o que nos causa arrepios, se nós mesmos não o sabemos?
Por falar em querer que alguém saiba...no caso dos homens, esse exercício de auto conhecimento não é problema para eles porque desde que se entendem por gente já “colocam a mão na massa”, através das necessidades básicas. Mas no caso da mulher, é totalmente diferente. A educação feminina é voltada aos princípios de que não se deve colocar a mão no sexo, e se preciso for, apenas na hora do banho para higiene e bem rapidinho. Tão menos quanto se pode permitir a descoberta de sensações que o órgão genital pode provocar, de forma alguma, somos educadas em uma cultura em que é feio, imoral, pecado, causa repúdio. Só podemos sentir quando encontrarmos o tal príncipe encantado. (aí, meu Deus! Já sei de onde vem meu complexo de Cinderela..rs). Menos mal que na nossa cultura ainda “permite-se” nossas mulheres “sentirem” prazer em algum determinado momento (após o casamento, de preferência). Mas em alguns países da África Ocidental e Oriental, as mulheres são mutiladas para que nunca sintam absolutamente nada, nada capazes de lhes levar aos céus e instigar a escolher seus parceiros. Lá não se corre o risco, é tudo extirpado: clitóris, vagina, grandes lábios, apenas um orifício para urina e regras. Olha que absurdo. Mas é a cultura do lugar. As mulheres mutiladas, as que sobrevivem, têm muito orgulho disso. Foram educadas para não sentirem nada. E assim vivem conformadas, felizes eu já não sei.
Percebem a diferença. Por isso, sei que não é fácil pra muitas mulheres chegar lá. Mas não é impossível. Tem que se praticar, tocar, permitir e conhecer a si mesmo.
Por outro lado, não penso que chegar lá seja tudo em uma relação. Pode-se ter muito prazer, ser bom, mas o êxtase não vir. Porque os dez segundos mágicos são uma perfeita sintonia entre o corpo e a mente, e, nem sempre os dois estão afinados, às vezes, independe da companhia, por melhor que ela seja. Mas não é anormal, muito menos extraterrestre. Agora nunca chegar também pode ser bem frustrante para ambas as partes. Então, vamos à luta! Ou melhor, mãos a obra!
Nada melhor do que uma boa justiça com as próprias mãos para iniciar um treino de auto conhecimento. Depois é só compartilhar com o parceiro ou parceira. E se chegar lá for através do clitoridiano, vaginal, múltiplo, ou no ponto G, não interessa, o importante é saber o que é bom pra você pra depois compartilhar com alguém.
Isso não é dica de nenhuma especialista em sexo, nem tão menos sexóloga, mas de alguém que busca o auto conhecimento sempre.
Por: Pretty Woman
"O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo". (Frases e Pensamentos de Clarice Lispector)
"Pecado é vir à foz sem ficar turva ". (Gutemberg Alves G. Júnior)

7 comentários:

Anônimo disse...

Pretty é isso mesmo! Quando não nos conhecemos não podemos saber o que é bom ou ruim... e pra sairmos desta basta ser curioso!!

Luma

katy disse...

OI .....
VC TEM RAZÃO ,QUANDO DIZ QUE TEMOS QUE NOS TOCAR ,PARA QUE POSSAMOS FALAR PARA O NOSSO COMPANHEIRO O QUE QUEREMOS E ONDE QUEREMOS QUE TOQUEM!
E DIZER DO QUE GOSTAMOS OU NÃO....

BJS!!!!ADOREI

Anônimo disse...

Muito interessante e estimulante ouvir de mulheres a opinião delas sobre elas e seu comprotamento. Gostaria de compartilhar textos com voces. Para onde enviar?
Abraços.

Um estudioso do universo feminino.

Duo Amoral disse...

Olá, caro estudioso!
Será um prazer em receber suas idéias...poderemos trocar muitas informações sobre os nossos comportamentos... rs
umalindamulhe_29_sc@hotmail.com

Um abraço!

PutzCri disse...

Bloguinho safado, deliciosamente safado.

PutzCri disse...

Quando mais lemos mais aprendemos, mais descobrimos, mais gostamos.
Por que o blog não é mais atualizado?

Duo Amoral disse...

Pois é, vcs tem razão, amigos do Putzgraça. Porque não está atualizado? Hum...Acho q tá faltando T acho? Preciso achar T urgente!
Procurando T!!!!! Daria um filme bom, hein! rs